Na última segunda-feira (26), o Ministério da Igualdade Racial anunciou que está conduzindo uma investigação sobre a conduta de duas assessoras da ministra Anielle Franco após a publicação de ataques e críticas à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e aos torcedores do São Paulo Futebol Clube. Os ataques ocorreram através das redes sociais das investigadas.
“O Ministério da Igualdade Racial declara que recebeu a informação a respeito da postagem das servidoras em perfil privado de rede social e que, ainda que as postagens tenham sido feitas em momento de descontração, fora dos ritos institucionais e de tom informal, o caso será submetido às instâncias internas de investigação para apuração da conduta das servidoras”, informou a pasta em nota enviada ao jornal O Estado de São Paulo.
Uma das assessoras é Marcelle Decothé, que acompanhou a ministra em uma viagem a São Paulo para a final da Copa do Brasil. Ela postou comentários ofendendo a torcida são-paulina em seu perfil no Instagram.
Em um dos posts, Marcelle aparece ao lado de outra pessoa enquanto faz um gesto obsceno no meio da torcida do São Paulo, com a legenda “Disfarçadas”. Depois, em outra publicação segurando a camisa do Flamengo, Marcelle critica a diretoria do clube:
“Independente da diretoria fascista, dos pau no koo que acha (sic) que merece vestir a camisa desse clube, pra sempre Flamengo. Não importa onde esteja, sempre estarei contigo!”, escreveu.
A mesma foto de Marcelle com a camisa do Flamengo foi publicada pela assessora especial de comunicação estratégica da pasta, Luna Costa. Na publicação, Luna debocha do fato de Marcelle ter exposto a camisa do Flamengo na torcida do clube adversário.
“Marcelle brincando com o perigo abrindo a camisa do Flamengo no meio da torcida do São Paulo”, diz a publicação.
A viagem de Anielle e de outros ministros a São Paulo, realizada em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), também foi alvo de críticas por parte de opositores do governo. A ministra defendeu sua viagem, alegando que tinha fins profissionais relacionados ao combate ao racismo no esporte.
Anteriormente, Franco assinou um protocolo de intenções com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para combater o racismo e promover a igualdade racial no futebol.
O plano defendido por Anielle contra o racismo no esporte inclui medidas como formação para atletas, árbitros e familiares sobre o tema, realização de seminários, publicações de cartilhas e campanhas em eventos esportivos.
Além disso, estão previstas ações de combate ao preconceito racial em entidades esportivas, envolvimento de torcidas organizadas e a criação de um selo e um prêmio para entidades esportivas com práticas antirracistas.
Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link