Ministro da Defesa compartilha artigo que diz que eleição de Lula será desastre ao Brasil

Atualizado em 10 de julho de 2022 às 13:33
Paulo Sérgio Nogueira de farda militar e óculos olhando para a câmera
Paulo Sérgio Nogueira disse que achou o “texto muito bom” – Divulgação

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, compartilhou na noite deste sábado (9), via WhatsApp, um artigo assinado pelo general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva, que diz que a eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro “será o desastre e a ruína moral da nação e de suas instituições”.

O ex-comandante da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e diretor de geopolítica e conflitos do Instituto Sagres, entidade composta por militares da reserva, também divulgou o texto, intitulado de “Lula presidente – Ruína moral da nação e das instituições”, em sua página no Facebook.

Trechos do artigo, divulgados pelo Jornal O Globo, destacam que Lula “representa o que são antivalores” para as Forças Armadas. “E, após condenado por unanimidade em três instâncias da justiça e descondenado com base em questões formais de discutível legitimidade, criou-se uma situação de extremo embaraço para as FA (Forças Armadas). Como promover o culto a valores morais, cívicos e éticos, ao mesmo tempo em que se submeteriam e prestariam honras militares a um comandante supremo com o histórico de Lula? Quais os reflexos na coesão, disciplina, autorrespeito e autoestima nas FA?”, questiona Paiva.

O general ainda pontua que a volta de Lula à cena política poderia provocar a “ruína” das instituições, ao comentar as decisões do STF que restabeleceram a elegibilidade do ex-presidente. Isso porque no ano passado o Supremo anulou as condenações impostas ao a Lula na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Justiça Federal de Curitiba, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) no caso do triplex do Guarujá.

No artigo, citando uma declaração do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, que disse no mês passado que “ninguém pode esquecer” que houve corrupção no Brasil, o general Rocha Paiva avança. “Caso a Nação o eleja em 2022, o Brasil passará um atestado de indigência moral, ferindo de morte o seu futuro”, opina ele.

O general considera “injustificável a adesão ou a leniência de segmentos da sociedade, inclusive de grande parte da mídia e de empresários, aos desígnios de um político inconfiável como Lula” e ainda diz que, “na realidade, as instituições não funcionam e, por isso, o Brasil é uma pseudodemocracia.”

Outra parte do texto demonstra um certo receio em relação às Forças Armadas. “Em sua autocrítica, após a queda de Dilma, o PT e militantes comuno-socialistas declararam que o erro cometido foi não ter assumido o controle das Forças Armadas (FA), em particular de seus sistemas de ensino, promoções e designação de cargos. Assim, para implantar seu projeto de poder, as Instituições mais atacadas serão as FA.”

Questionado sobre a mensagem, o ministro da Defesa respondeu que “o texto é muito bom” e que o autor “é uma das maiores inteligências da história do Exército”.

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