Paulo Pimenta diz que Bolsonaro está “envolvido até o pescoço” em atos terroristas

Atualizado em 17 de fevereiro de 2023 às 13:42
O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta (PT)
Foto: Reprodução

O ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, comentou sobre as invasões terroristas do dia 8 de janeiro e defendeu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que fugiu para Orlando, nos Estados Unidos, seja responsabilizado pelos atos golpistas.

As declarações do ministro foram feitas em uma entrevista à revista Veja. Pimenta acusou Bolsonaro de estar envolvido “até o pescoço” com a tentativa frustrada de golpe em Brasília (DF).

“Se as investigações conduzidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) levarem à sua participação, de seus familiares e de pessoas próximas a eles, todos devem responder como qualquer outra pessoa pelos crimes que cometeram. Agora, minha opinião é que o ex-presidente está até o pescoço envolvido nessa tentativa de golpe”, afirmou o ministro.

No dia 8 de janeiro, os simpatizantes do ex-presidente invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) ainda conduzem diversas investigações para desvendarem mais sobre os financiadores e organizadores dos ataques.

Ainda na entrevista, o ministro comentou sobre a “reação das instituições” e disse que “foi muito importante naquele momento”, que ajudou a combater a expectativa golpista do bolsonarismo.

“A partir dali, reduziu-se e muito a expectativa daqueles que imaginavam que ainda era possível algum tipo de ruptura. Até ali, essa ideia estava presente em algumas figuras, como no próprio Bolsonaro e em alguns militares. Eles não foram derrotados no dia da eleição. Foram derrotados no 8 de janeiro, que obrigou as pessoas a escolherem de que lado querem ficar”, afirmou.

Por sua vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que Bolsonaro “ativou seus milicianos” no dia da tragédia terrorista. “Ele sabe que ele tem responsabilidade. Ele tava tentando fazer aquilo no dia 1º de janeiro. Não fez porque tinha muita gente aqui, e ele pegou o momento em que toda sociedade tava tranquila para ativar seus milicianos para fazer aquela baderna que ele fez aqui”.

Nesta semana, no entanto, Bolsonaro disse que está planejando retornar ao Brasil em março para liderar a oposição política a Lula. O plano do ex-presidente foi confirmado em uma entrevista concedida ao jornal The Wall Street Journal. Quando questionado sobre seu retorno, o ex-presidente teria respondido “se tudo correr como o planejado, na primeira semana de março”. 

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