O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral, decidiu nesta segunda-feira (16) incluir a minuta golpista encontrada na residência do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, em uma investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O magistrado deu um prazo de três dias para que o ex-chefe do Executivo se manifeste sobre o teor do documento.
A decisão foi tomada no âmbito de uma apuração sobre a reunião promovida por Bolsonaro com embaixadores, em julho de 2022, quando o então presidente propagou informações falsas sobre o sistema eleitoral. A ação de investigação judicial eleitoral foi protocolada pelo PDT.
Segundo o partido, a minuta é um “embrião gestado com pretensão a golpe de Estado” e pode “densificar os argumentos que evidenciam a ocorrência de abuso de poder político tendente promover descrédito a esta Justiça Eleitoral e ao processo eleitoral, com vistas a alterar o resultado do pleito”.
Gonçalves ainda decidiu acionar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para compartilhar com o TSE provas colhidas em inquérito que apura os atos terroristas em Brasília.
Para o ministro, há uma “inequívoca correlação” entre as acusações feitas na ação do PDT contra Bolsonaro e os documentos apreendidos no último dia 10 na operação de busca e apreensão na casa de Torres.