A Casa Rosada repudiou nesta sexta-feira (03) as “calúnias e difamações” do ministro de Transportes da Espanha, Óscar Puente, contra Javier Milei e criticou duramente o governo de Pedro Sánchez pelas recentes acusações de corrupção contra a Primeira Dama, Begoña Gómez.
A disputa começou devido às declarações do ministro Puente em uma mesa-redonda sobre redes sociais e imagem pública de políticos. Durante o evento, o funcionário espanhol aconselhou os jovens a serem autênticos e, de forma jocosa, acrescentou que “há pessoas muito ruins que, sendo elas mesmas, chegaram a posições de poder”.
Nesse contexto, Óscar Puente mencionou os exemplos do presidente argentino e do ex-presidente americano Donald Trump. “Não sei se têm assessores, mas acredito que Milei, se os tem, não os escuta muito”, acrescentou.
Mais adiante, o funcionário foi além e insinuou que Milei poderia ter consumido drogas. “Vi Milei na televisão, e enquanto o ouvia, vocês lembram? Quando apareceu em um estado duvidoso, antes ou depois de ter ingerido alguma substância, ele saiu dizendo o que disse, poucos dias antes de… Eu pensei: ‘É impossível que ele ganhe as eleições'”, afirmou Puente, sem ser muito específico.
— VIDRAÇA TAMBÉM É GENTE, GENTE… (@VidrsGente) May 4, 2024
A resposta oficial da Casa Rosada foi contundente e, após rejeitar as calúnias do funcionário, criticou diretamente o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez.
“O governo de Pedro Sánchez tem problemas mais urgentes para lidar, como as acusações de corrupção contra sua esposa, que o levaram inclusive a considerar sua renúncia. Pelo bem do Reino da Espanha, esperamos que a justiça aja com rapidez para esclarecer esse grave escândalo de corrupção que afeta diretamente a estabilidade de sua nação e, consequentemente, as relações com nosso país”, afirmou o comunicado oficial.
A esposa de Pedro Sánchez está sendo investigada por suposto “tráfico de influências e corrupção em negócios”. A denúncia foi apresentada pelo coletivo Manos Limpias, que acusou a Primeira Dama de se reunir com várias empresas privadas, incluindo a Globalia e a Air Europa, que posteriormente receberam fundos e contratos públicos do atual governo.
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