Ministro da Saúde vai a programa de bolsonarista denunciado no MPF que ataca vacinas

Atualizado em 18 de agosto de 2021 às 13:24
Marcelo Queiroga participa de programa do canal bolsonarista Terça Livre.
Reprodução

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nas redes que participou de um programa do canal bolsonarista Terça Livre.

Nesta quarta-feira (18), o dono do canal, Allan dos Santos, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por causa de um vídeo em que ameaçou o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A ida do ministro ao programa foi interpretada como uma demonstração de apoio ao blogueiro.

Queiroga foi falar sobre a campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil.

Acontece que o Terça Livre, desde o início da pandemia, espalha desinformação sobre os imunizantes e faz campanha antivacina.

O vídeo abaixo dá uma ideia do que é discutido no Terça Livre TV:

Allan dos Santos pode ser extraditado dos EUA para o Brasil

O blogueiro de extrema-direita Allan dos Santos pode ser alvo de um pedido de extradição aos Estados Unidos, onde está foragido, se for pedida a sua prisão por ameaça e incitação ao crime contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso.

O bolsonarista foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por causa de um VÍDEO em que xingou e ameaçou o magistrado.

“Tira o digital, se você tem culhão”, disse.

“Tira a porra do digital, e cresce! Dá nome aos bois! De uma vez por todas Barroso, vira homem! Tira a porra do digital! E bota só terrorista! Pra você ver o que a gente faz com você. Tá na hora de falar grosso nessa porra!”.

A prisão não foi pedida, mas a se levar em consideração o que aconteceu com Roberto Jefferson, preso na semana passada por suspeita de participação em organização criminosa digital para atacar a Corte e outras instituições, é melhor o blogueiro ir fazendo as malas para retornar ao Brasil.

“Se a prisão for pedida ele pode sim ser extraditado”, disse ao DCM o jurista Lênio Streck.

O Brasil tem tratado de extradição com os EUA.

Quando foi atacado por Allan, Luís Barroso, que preside o TSE, na condição de vítima, representou ao MPF, solicitando medidas cabíveis.

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