O prazo para que ministros, governadores, prefeitos e secretários de governo que se candidatarão nas eleições de outubro se afastem dos seus atuais cargos termina neste sábado (02). É a chamada “desincompatibilização”, que, pela legislação, deve acontecer seis meses antes do dia marcado para o pleito. O objetivo da regra é evitar abuso de poder econômico ou político nas eleições. Dez ministros do presidente Jair Bolsonaro (PL) e seis governadores deixam ou já anunciaram que deixarão os atuais postos para disputar vagas em outros cargos. A informação é do G1.
A regra não se aplica a políticos que ocupam cadeiras no Legislativo, como deputados federais e estaduais. Nesses casos, não é necessário abrir mão do mandato para concorrer a outro cargo. Além dessa norma, o calendário das eleições impõe, também, que todo os candidatos devem estar filiados ao partido que pretendem se candidatar até o fim deste sábado. Veja abaixo quem são as autoridades que deixam os cargos para concorrerem novamente.
Entre os ministros, estão: Walter Braga Netto (Defesa), cotado para candidato a vice-presidente pelo PL na chapa de Jair Bolsonaro; Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), filiada ao Republicanos e que ainda não anunciou qual mandato disputará; Flávia Arruda (Secretaria de Governo), pré-candidata a senadora pelo PL no Distrito Federal; Gilson Machado (Turismo), pré-candidato a senador pelo PL em Pernambuco; João Roma (Cidadania), pré-candidato a governador da Bahia pelo PL; Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), pré-candidato a deputado federal pelo PL por São Paulo; Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência), pré-candidato a governador do Rio Grande do Sul pelo PL; Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), pré-candidato a senador pelo PL no Rio Grande do Norte; Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), pré-candidato a governador de São Paulo pelo PL; Tereza Cristina (Agricultura), pré-candidata a senadora pelo PP no Mato Grosso do Sul.
Já entre os governadores, já renunciaram ao mandato: João Doria (PSDB-SP), pré-candidato a presidente; Flávio Dino (PSB-MA), pré-candidato a senador; Wellington Dias (PT-PI), pré-candidato a senador; Eduardo Leite (PSDB-RS), que ainda não anunciou qual mandato disputará. Dois ainda não deixaram os cargos, mas a expectativa é de que o façam ainda neste sábado (02): Camilo Santana (PT-CE) e Renan Filho (MDB-AL), ambos pré-candidatos a senador.
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Braga Netto deixou ministério mas continua no governo
O general Walter Braga Netto, que estava no ministério da Defesa, renunciou ao cargo, mas segue ocupando uma cadeira no governo. Ele foi nomeado assessor especial do gabinete do presidente da República.
Braga Netto é cotado para ser candidato a vice na chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. No novo cargo, o ex-ministro não precisará cumprir o prazo de afastamento de seis meses da eleição. Ele precisará deixar a função apenas três meses antes, em 2 de julho.