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POR MOISÉS MENDES
Se o jornalismo estivesse cumprindo sua função, hoje pela manhã todos nós saberíamos quem são os dois personagens de uma das fotos do ano, a do sujeito que aplicou a gravata na moça ontem na Avenida Paulista.
Quem é o cara que aplica o golpe porque, dizem, estaria tentando tirar um bastão que estava com a moça? (O bolsonarismo aciona esses fetiches com bastões e outros objetos fálicos.
E quem é a moça cercada por meia dúzia de militantes da direita? Não venham com informações superficiais tipo seria isso, seria aquilo.
O jornalismo tem a obrigação de dizer em detalhes quem são os dois.
O sujeito e a moça são a imagem do Brasil tomado pelo bolsonarismo.
As redações não podem ignorar essa cena e seus personagens, com toda essa força simbólica.