A pesquisadora Adriana Dias, doutora em Antropologia pela Unicamp, defendeu a prisão do youtuber Monark e do deputado Kim Kataguiri (Podemos-SP). Em conversa com a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) no Flow Podcast, eles se manifestaram a favor da criação de um partido nazista.
“Me surpreende a Tabata não ter dado voz de prisão aos dois, visto que nazismo é crime previsto em lei”, afirma a antropóloga.
Na conversa, Monark disse: “Eu acho que tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei”, e questionou: “As pessoas não têm o direito de ser idiotas?”.
Kataguiri concordou e Tabata se revoltou com a fala do apresentador, iniciando um debate sobre liberdade de expressão. “Se o cara quiser ser anti-judeu, eu acho que ele tem o direito de ser”, disparou Monark a certa altura.
Questionado pela deputada, Kim disse que acha um “erro” a criminalização do nazismo pela Alemanha.
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Adriana Dias rebate Monark e Kim Kataguiri
“O partido nazista começou como um partido pequeno, e a partir do momento em que propagou seu ódio, ele alcançou a posição de poder dar um golpe e se tornar o grande partido da Alemanha”, lembra Adriana Dias.
“Essas duas pessoas estão falando do direito de existência de um partido que nega a existência do povo cigano, do povo judeu, dos gays e de uma série de outras minorias que foram perseguidas pelo nazismo”, diz a pesquisadora.
Ouça o áudio enviado pela antropóloga ao DCM:
Confira o podcast abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=x7WTUMNpn5I