A economista Monica de Bolle fez duras críticas à pressão exercida pelo mercado sobre o Congresso e a equipe de transição do governo Lula (PT) para que o chamado “teto de gastos” seja mantido pelo futuro governo. Ela também questionou a cobertura do jornalismo econômico ao longo da gestão Bolsonaro à frente do Palácio do Planalto e lembrou que o “mercado” não representa os interesses da maioria da população:
Os assédios do mercado para manter o Teto iníquo e moribundo nesse momento de reconstrução do País é imoral e irresponsável. Esse tipo de assédio precisa acabar e todos precisam entender que o “mercado” em sua maioria é curtoprazista e fútil.
Não é o mercado que representa os interesses da população. Só no Brasil ainda é dado esse poder a quem se beneficia de fetiche. Chega de atraso.
O mercado passou 4 anos conivente com a pior gestão econômica que o País já teve. Teceu louvores a Guedes, aceitou o orçamento secreto, e nada disse das 4 modificações do Teto — a última populista e eleitoreira. A credibilidade do “mercado” se foi. Que não atrapalhem a transição.
E que esses últimos 4 anos sirvam para mostrar ao jornalismo econômico que sua relevância depende do entendimento de que a população que não trabalha no mercado não está interessada em análise econômica de elevador e sem compromisso com o País.
https://twitter.com/bollemdb/status/1590671182038454272