Moraes abre seis novos inquéritos para investigar financiadores e mentores de atos terroristas em Brasília

Atualizado em 23 de janeiro de 2023 às 13:09
O presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes
Foto: Reprodução/Folhapress

Na manhã desta segunda-feira (23), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes, determinou a abertura de novos seis inquéritos para investigar a conduta dos apoiadores terroristas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) envolvidos nas invasões aos Três Poderes em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro. 

As decisões de Moraes, que também é ministro no Supremo Tribunal Federal (STF), atendem as solicitações da Procuradoria-Geral da República (PGR). Por ora, já foram iniciados sete inquéritos no STF para apurar os atos antidemocráticos. Dos sete, seis seguem em sigilo.

Apesar do sigilo, três dos seis pedidos abertos nesta segunda devem apurar, simultaneamente, as investigações pretendem detalhar como se deram os preparativos e as invasões aos prédios dos Três Poderes, inclusive, o comportamento de três grupos golpistas nos atos: os executores, os financiadores e os autores intelectuais.

Na última segunda-feira (16), a PGR denunciou 39 pessoas envolvidas nos atos terroristas e depredação no prédio do Senado Federal em Brasília no último dia 8 de janeiro. Os suspeitos são integrantes do núcleo de executores materiais dos crimes. O órgão já solicitou outras investigações sobre os ataques terroristas.

Já os outros três inquéritos, foram instaurados para apurar, de maneira individual, as atitudes tomadas de três deputados que, supostamente, estão envolvidos na convocação dos bolsonaristas para a investida golpista. Os nomes dos parlamentares ainda não foram divulgados.

Além dos inquéritos autorizados na manhã de hoje, existe um outro que já estava em tramitação na Justiça. O sétimo processo foi aberto para que apurar as condutas do governador afastado do DF, o advogado Ibaneis Rocha (MDB), e da cúpula da segurança pública do DF no dia dos atos.

Nos pedidos assinados pelo subprocurador-geral da República, o jurista Carlos Frederico Santos, há menção a sete crimes cometidos pelos investigados nos inquéritos: terrorismo, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.

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