Moraes envia para a primeira instância investigação contra Weintraub

Atualizado em 19 de maio de 2022 às 16:47
Abraham Weintraub
Ex-ministro da Educação Abraham Weintraub
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, enviou para a primeira instância a investigação aberta contra o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub sobre o suposto interesse do ministro Ricardo Lewandowski em comprar a sua residência, em São Paulo.

De acordo com Moraes, a apuração preliminar tramitou por ter possível conexão com o inquérito das fake news, mas novas diligências apontaram que os indícios de ligação entre os casos não se justificam.

“Após as diligências realizadas, os meros indícios de conexão probatória com a investigação realizada no Inquérito 4.781/DF não justificam a permanência dos autos nessa Corte”, afirmou Moraes.

A investigação foi aberta em janeiro depois de Weintraub alegar durante uma entrevista que “um ministro do STF” estava interessado em comprar a sua casa no Jardim Petrópolis, bairro na zona sul de São Paulo.

“Moro numa casa, num condomínio fechado, uma casa boa. Um juiz do STF estava procurando casa na região, dentro do condomínio. Viu a minha casa e falou: ‘Pô, casa bonita, hein, de quem é?’. Falaram: ‘Abraham Weintraub’. ‘Pergunta para ele se não quer vender para mim'”, disse Weintraub à época.

Em depoimento à Polícia Federal, Weintraub afirmou que o ministro era Lewandowski, o qual negou o interesse em adquirir a residência.

Moraes diz que os depoimentos do advogado de Weintraub e da corretora de imóveis do condomínio “contraria frontalmente as declarações falsas” do ex-ministro da Educação.

“As informações prestadas no depoimento de Auro Hadana Tanaka, advogado de Abraham Weintraub, comprovam não ter havido qualquer proposta de compra do imóvel de nº 66 pelo Min. Ricardo Lewandowski, o que foi corroborado pelas declarações da corretora Rose Mary”, afirmou Moraes. “Além disso, os registros de entrada no condomínio, encaminhados à autoridade policial pela própria Defesa de Abraham Weintraub”.

A investigação deverá ser encaminhada para a Justiça Federal do Distrito Federal.

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