Moraes inclui investigação de e-mails apagados por Cid em inquérito sobre golpe de Estado

Atualizado em 5 de novembro de 2024 às 6:25
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a inclusão de uma investigação sobre os e-mails funcionais apagados de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado no Brasil. Com informações da Folha de S.Paulo.

Em sua decisão, Moraes argumentou que a exclusão dos e-mails funcionais de Cid está relacionada à delação premiada firmada por ele com a Polícia Federal (PF) em setembro de 2023.

O magistrado também ordenou o arquivamento do processo específico sobre os e-mails, que foi aberto após pedido da Procuradoria da República no Distrito Federal.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou a favor da inclusão no inquérito do golpe e do arquivamento da investigação por duplicidade.

Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

“Eventual ilícito decorrente do esvaziamento da caixa de correio eletrônico funcional está relacionado ao objeto da colaboração e, portanto, é de competência do Supremo Tribunal Federal”, diz um trecho da decisão.

De acordo com uma reportagem publicada pelo site The Intercept Brasil, em julho de 2023, a caixa de e-mails de Cid teria sido esvaziada antes de ele deixar o cargo no governo Bolsonaro.

Mesmo assim, o militar continuou a receber e-mails funcionais no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), incluindo informações sobre viagens do presidente, situação que veio à tona durante a CPI do 8 de Janeiro.

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