O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, converteu a prisão em flagrante do ex-deputado terrorista Roberto Jefferson para prisão preventiva, nesta quinta-feira (27). Com isso, o bolsonarista permanecerá detido.
A detenção em flagrante foi determinada após a Polícia Federal constatar a tentativa de homicídio de quatro agentes no ataque à PF. A alteração para prisão preventiva, condição que Jefferson já estava submetido antes de atacar os policiais, garante que ele não responda em liberdade e, assim, não atrapalhe o andamento do processo.
“A manutenção da restrição da liberdade do preso, com a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, é a única medida capaz de garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal”, escreveu Moraes na decisão.
As armas encontradas na casa de Jefferson foram determinantes para a decisão do ministro, além da reação do ex-deputado contra a PF. Segundo Moraes, as provas “revelam gravíssimo cenário de violência”. Ao resistir à ordem de prisão pelos agentes, Jefferson ” iniciou um verdadeiro confronto de guerra contra a Polícia Federal, ferindo efetivamente dois policiais federais”.
“O preso se utilizou de armamento de alto calibre (fuzil 556), para disparar uma rajada de mais de 50 (cinquenta) tiros, além de lançar 3 (três) granadas contra a equipe da Polícia Federal. O cenário se revela ainda mais grave pois, conforme constou do auto de apreensão, foram apreendidos mais de 7 (sete) mil cartuchos de munição (compatíveis com fuzis e pistolas)”, afirmou o ministro.