Moro “analisa” 1° ano de governo Lula e xinga presidente de “estúpido”

Atualizado em 27 de dezembro de 2023 às 9:21
Sergio Moro e Lula. Foto: reprodução

O senador Sergio Moro (União Brasil) fez referência a uma frase criada pelo estrategista da campanha de Bill Clinton à presidência dos EUA em 1992, James Carlile, para criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um artigo publicado no jornal paranaense Gazeta do Povo na manhã desta quarta-feira (27).

No texto intitulado “São as instituições, estúpido”, Moro adaptou a frase de Carlile – “É a Economia, estúpido” – afirmando que foi “o mote da campanha de Bill Clinton durante a disputa com George Bush nas eleições de 1992” para atacar o petista.

O ex-juiz inicia o artigo fazendo uma ressalva sobre sua posição como parlamentar de oposição, indicando que seu olhar não é generoso, mas admite alguns dados positivos, como um crescimento de aproximadamente 3% e uma inflação controlada em torno de 4,5%.

Moro, que abandonou a magistratura após sua influência nas eleições de 2018 para se tornar Ministro da Justiça do agora ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foca seus ataques em uma suposta “deterioração institucional e suas possíveis consequências na esfera econômica”.

No decorrer de sua análise, o parlamentar desconsidera as avaliações das agências de risco, que elevaram a classificação do Brasil em virtude do ambiente democrático reconstruído após um período conturbado durante o bolsonarismo.

Prerrogativas: Moro ameaça a democracia mais que Bolsonaro
Moro e Bolsonaro. Foto: reprodução

O senador também menciona a aprovação da Reforma Tributária, mas expressa dúvidas quanto à sua efetividade na simplificação do sistema tributário.

Ignorando o trato feito com Bolsonaro para ganhar uma vaga na corte, Moro critica Lula por supostamente “indicar seu advogado pessoal para uma vaga no Supremo Tribunal Federal”. Vale destacar que ele ingressou na política partidária após deixar o governo Bolsonaro seguindo anos de atuação na 13ª Vara Federal de Curitiba.

Desconsiderando os dados oficiais do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Moro declara ainda que “o órgão ficou mais conhecido por receber na sede a esposa de um líder do tráfico de drogas do que por qualquer outra medida”, repercutindo informações falsas divulgadas pelo Estadão.

“Por isso, não se engane com alguns sinais não tão negativos neste primeiro ano. A deterioração institucional, infelizmente, cobrará, a seu tempo, o seu preço”, conclui Moro.

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