Sergio Moro postou neste sábado (29) uma foto ao lado do cardeal Dom Odilo Scherer. Em 2017, o arcebispo esteve ao lado de João Doria para defender a farinata aos moradores de rua. Na ocasião, a prefeitura de São Paulo foi muito criticada por conta do tema.
Na postagem, o ex-ministro de Bolsonaro falou sobre “preocupações” com o “aumento da fome”. E demonstrou interesse em ter o arcebispo ao seu lado durante sua pré-campanha eleitoral. Atualmente, Moro é terceiro colocado nas pesquisas, enquanto Lula lidera com chances reais de vencer no primeiro turno.
“Boa conversa com o arcebispo de SP, cardeal Dom Odilo Scherer,sobre as preocupações da Igreja com o social, especialmente o aumento da fome. Falei sobre a proposta de criar uma Força Tarefa para erradicação da pobreza e da importância de manter programas de transferência de renda”, escreveu o ex-amigo do presidente Bolsonaro.
Boa conversa com o arcebispo de SP, cardeal Dom Odilo Scherer,sobre as preocupações da Igreja com o social, especialmente o aumento da fome. Falei sobre a proposta de criar uma Força Tarefa para erradicação da pobreza e da importância de manter programas de transferência de renda pic.twitter.com/VSuCQYcILA
— Sergio Moro (@SF_Moro) January 28, 2022
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Moro ao lado de arcebispo que apoiou farinata de João Doria
Em outubro de 2017, Doria fez uma coletiva de imprensa para apresentar a farinata. O alimento era uma espécie de farinha composta por alimentos próximos de sua data de validade ou que não seguem os padrões de comercialização. O produto seria entregue aos moradores de rua, famílias carentes e alunos das escolas municipais de SP.
Na ocasião, especialistas criticaram a ação do então prefeito porque o produto não era nutritivo. Não por acaso o alimento passou a ser chamado de “ração humana”. Só que Odilo resolveu sair em defesa de Doria.
“Pobre tem fome. Hábito alimentar é para quem tem disponibilidade de alimento e quem pode se dar ao luxo de ter uma alimentação regular, refeições regulares, alimentos selecionados. O pobre não tem isso (…). Quem se arrasta no chão por fome, eu vou deixar de atender a fome dele porque ele não está podendo sentar numa mesa bem posta?”, declarou na época.
“A necessidade é socorrer primeiramente a fome do pobre. Pobre não tem hábito alimentar, pobre tem fome”, completou. Por conta da pressão, a prefeitura de SP voltou atrás e encerrou o projeto da farinata.
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