“Vai fazer um troca-troca com Salles aí?”
O TIO DO PAVÊ NA PRESIDÊNCIA pic.twitter.com/AhevtnPU7B
— Luciano Carvalho (@lucianocarvaIho) August 9, 2019
Que fim de linha.
De superjuiz, 487 vezes capa da Veja, estrela da Globo, inimputável, intocável, o homem mais poderoso do Brasil — a motivo de piada de tio do pavê.
“Vai fazer um troca-troca com o Salles, aí?”, perguntou Jair Bolsonaro a Sergio Moro num vídeo desde já imortal.
Ontem falei na live do DCM que Moro me lembrava o Elvis gordo de 1976, patético, suando no palco, tentando dar golpes de karatê, uma autocaricatura pouco antes de morrer.
Mas é injusto com o rei do rock. Desculpe, Elvis! Ali havia genialidade e uma beleza trágica.
Moro é um Dedé Santana violento.
Desgastado, humilhado pelo chefe que avisa que seu pacote anticrime não é prioridade, Moro teria uma saída digna, que é pedir demissão.
Não o fará. Não porque dignidade seja um valor ali, mas porque ele não sabe o que fazer.
Na prática, é um morto vivo.
Não tem autoridade moral, não tem o respeito de seus iguais, não é levado a sério.
O pedido de investigação à PGR contra Felipe Santa Cruz é prova de completo desespero.
Ora. O que vai ser investigado?
Que o presidente da OAB falou, mesmo, que ele “banca o chefe de quadrilha”? Não pode?
Santa Cruz já avisou que mantém, “no mérito”, a crítica.
A Procuradoria Geral da República, provavelmente, vai dar uma resposta negativa ao ministro.
E então o vexame estará completo.
“O ministro Moro vem da Justiça, mas não tem poder, não julga mais ninguém”, afirmou Bolsonaro na primeira vez em 20 anos que não fala besteira.
Não tem serventia.
Como gostava Vicente Matheus: Sócrates é inegociável, invendável e imprestável.
Moro não é juiz, não é político, não é nada.
É apenas o sujeito que virou chacota nacional.
Resta uma esperança: sentar no colo de Damares, chorar e rezar para Jesus lhe aparecer numa goiabeira.
Sorry, Elvis.