O ex-juiz suspeito da Lava Jato, Sergio Moro (Podemos), afirmou, durante discurso no evento “Brazil Conference”, nos Estados Unidos, que não foi cúmplice do presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-ministro disse que, se fosse, “estaria lá até hoje”. Ele disse, também, que o Supremo Tribunal Federal (STF), nos últimos anos, “tem proferido decisões que são lamentáveis, infelizes”, e criticou a Justiça Eleitoral.
“Se eu fosse realmente um cúmplice dessas coisas erradas do governo Bolsonaro, estaria lá até hoje como ministro da Justiça. Poderia ter virado ainda, se fosse cúmplice maior, um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Mas eu não me vendo por cargo”, respondeu Moro a uma pergunta.
Questionado sobre o motivo de ter entrado no governo Bolsonaro, mesmo sabendo do histórico antidemocrático e de baixa relevância parlamentar do ex-deputado, o ex-juiz disse que acreditava que o presidente delegaria a ele e a Paulo Guedes “boa parte das funções do governo”. Assista no vídeo abaixo.
#BrazilConference: Em resposta a pergunta de @isanogreis sb a razão de ter aceitado fazer parte do governo Bolsonaro msm sabendo do histórico antidemocrático de Jair, Moro diz que, em 2018, se acreditava que JB delegaria boa parte de suas funções a ele, Sérgio, e Paulo Guedes ? pic.twitter.com/cowH3OOGvS
— Jeff Nascimento (@jnascim) April 9, 2022
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Moro criticou STF e Justiça Eleitoral
O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro fez declarações críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que a Corte “tem proferido decisões lamentáveis”. Ele atacou fortemente o Tribunal Superior Eleitoral (STF), dizendo que o órgão não está preparado para julgar casos de corrupção.
“O STF deu grande apoio à Lava Jato, mas infelizmente nos últimos anos tem proferido decisões que são lamentáveis, infelizes. Quando o STF pegou os casos de corrupção e começou a mandar para Justiça Eleitoral, a gente sabia que não ia dar em nada. A Justiça Eleitoral não está preparada para julgar casos de corrupção”, disse Sergio Moro, que foi considerado suspeito quando, como juiz, tentou julgar casos de corrupção.