O senador Sergio Moro (União Brasil) utilizou dinheiro público para pagar despesas com hotel em Maringá (PR) de seu assessor parlamentar comissionado Lucas Dorini Sabbato, cujo salário bruto pago pelo gabinete do congressista é de R$ 29,5 mil.
O ex-juiz levou seu acompanhante – e achou por bem fazer com que os cofres públicos arcassem com os custos – em uma viagem de quinta a sábado a sua cidade natal que teve só um objetivo, segundo o próprio senador: passear.
As diárias bancadas pelo contribuinte para o assessor (que, em suas páginas nas redes sociais, ostenta fotos com Jair Bolsonaro, mas não com Sergio Moro) foram dos dias 2 a 4 de março (de quinta a sábado), no Hotel Bertt 2.
No dia 4, o senador gastou também R$ 330 em gasolina em um posto em Maringá. Já no dia 2, havia gasto, com combustível em Curitiba, outros R$ 166,98. Na segunda-feira, dia 6, após deixar Maringá e retornar a Curitiba para tomar um vôo de volta a Brasília, gastou mais R$ 312,11 para encher o tanque do carro que ficou no Paraná.
Ao todo, apenas com combustível e estadia de seu acompanhante, o senador gastou mais de R$ 1.200 em um fim de semana a passeio em Maringá. Veja as notas fiscais abaixo.
Sergio Moro informa: “Vim aqui passear’
O senador Moro não deixa dúvida do motivo de sua viagem de 2 a 4 de março a Maringa: passeio. Assim ele disse em uma entrevista concedida nos estúdios da Rádio Jovem Pan de Maringá, no dia 3 de março: “A gente veio aqui, claro, para passear, exatamente”.
Já o seu acompanhante de viagem não participou da conversa, e o gabinete do senador não informou qual foi a agenda do bolsonarista na cidade. Lucas Dorini Sabatto informa em sua rede profissional Linked-in que é estudante de Direito.
Antes de se tornar assessor de Sergio Moro e acompanhante em viagens a passeio, o graduando com salário de R$ 30 mil era coordenador político do deputado estadual Ricardo Arruda, do Avante-PR. Também constam em suas páginas uma série de imagens de cunho bolsonarista.