O Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organizações das Nações Unidas) concluiu que o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) foi parcial em seus julgamentos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos processos envolvendo a Operação Lava-Jato. Além disso, o Comitê concluiu que o petista teve seus direitos políticos violados nas eleições de 2018.
Após seis anos de análise, o órgão da ONU deu sua decisão e, como o Brasil ratificou tratados internacionais, ele deve cumprir a recomendação. Porém, a própria Organização sabe que, como não existe uma obrigação, as recomendações correm o risco de serem ignoradas.
Para o Comitê, Moro foi parcial ao julgar os processos envolvendo o ex-presidente Lula e os advogados do petista já foram avisados, porém o anúncio oficial está previsto para acontecer na próxima quinta-feira (28). A defesa de Lula pedia quatro itens fundamentais, todos atendidos: a) a detenção de Lula pela PF em 2016 em uma sala do aeroporto de Congonhas, considerada como arbitrária por seus advogados. b) a parcialidade do processo e julgamento c) a difusão de mensagens de caráter privado de familiares de Lula d) e a impossibilidade de uma candidatura em 2018.
Esta foi a primeira grande derrota internacional do ex-juiz da Lava-Jato e reconhece que Lula foi perseguido. O petista liderava as pesquisas em 2018, quando foi preso e teve seus direitos políticos cassados, sendo impossibilitado de se lançar candidato.