O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) usou o perfil do Twitter nesta quinta-feira (26) para minimizar a morte de Genivaldo de Jesus Santos. Ele afirmou que a abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) é uma “exceção” e que espera que isso não se torne “regra”.
“Lamentável ação em Sergipe de 2 policiais da PRF. Mas que não se tome exceção como regra. Conheci de perto a PRF quando Ministro. São profissionais valorosos e a violência policial é rara. Que tudo seja apurado e os culpados, punidos. Meus sentimentos à família do sr. Genivaldo”, publicou.
Lamentável ação em Sergipe de 2 policiais da PRF. Mas que não se tome exceção como regra. Conheci de perto a PRF quando Ministro. São profissionais valorosos e a violência policial é rara. Que tudo seja apurado e os culpados, punidos. Meus sentimentos à família do sr. Genivaldo.
— Sergio Moro (@SF_Moro) May 26, 2022
Genivaldo, de 38 anos, sofria de esquizofrenia. Ele foi amarrado e asfixiado em uma “câmara de gás” feita por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em uma viatura. O fato ocorreu durante uma abordagem em uma rodovia de Umbaúba (SE), na última quarta-feira (26).
O caso repercutiu em todo o país. O MPF (Ministério Público Federal) abriu um procedimento para acompanhar os desdobramentos das investigações. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou que a vítima sofreu insuficiência respiratória aguda provocada por asfixia mecânica.
Assinado pelo procurador Flávio Pereira da Costa Matias, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial no MPF no estado, o documento dá para as polícias Civil, Federal e Rodoviária Federal, 48 horas para que cumpram com as solicitações feitas pelo órgão nesta manhã.
O MPF ainda informou, por nota, que pediu informações à Delegacia Civil de Umbaúba, além de ter pedido à Polícia Federal que instaure ou informe o número do inquérito que tenha sido instaurado para análise dos fatos. Foi solicitado também à PRF conhecimento sobre o processo administrativo instaurado para possibilitar a apuração da abordagem policial.