O ministro Sergio Moro, viu-se na CCJ do Senado, não se lembra de biografias que não leu e nem de diálogos ocorridos entre ele e procuradores há dois ou três anos.
No entanto, aceitou como prova uma planilha elaborada de memória pelo delator Pedro Barusco, ex-gerente de serviços da Petrobras, em processo do sítio de Atibaia na época em que o caso estava sob sua jurisdição.
A condenação proferida por sua substituta, a do copia e cola, utilizou o documento como prova contra Lula.
Gabriela Hardt cita em sua sentença:
“Ministério Público Federal: Então nesses casos que estão aqui descritos nessa planilha, o senhor recorda que houve acerto de propina com relação aos contratos?
Barusco: Sim, essa planilha foi feita durante, no período da minha colaboração. Acho que foi novembro ou dezembro de 2014. E a gente tem que ver como é que eu fiz essa planilha. Eu peguei todos os documentos de contratação desses pacotes da refinaria e fui pela memória lembrando quais os que tinham havido combinação de propina ou não e fui montando a planilha.
Então, assim, alguma imperfeição, alguma, vamos dizer assim, algum valor, algum percentual um pouco diferente, isso pode ocorrer. Mas até, por exemplo, eu estou já prestando depoimento há quase quatro anos, eu não achei nenhuma discrepância grande nessa planilha. E não tive que retificar a planilha também. Então eu ratifico”.
Eis o depoimento: