Neste sábado (11), o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) saiu em defesa da condenada Jeanine Ánez. A Justiça boliviana condenou a ex-presidente a 10 anos de prisão por causa da ação antidemocrática que ocorreu em 2019.
“Jeanine Áñez assumiu a Presidência em virtude da renúncia de Evo Morales. Foi presa e condenada com a volta do regime bolivariano, ainda que sob outro presidente. É uma presa política nessa nova América Latina. Também estou surpreso com o silêncio de muitos”, escreveu o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL).
Ele repostou um comentário de Janaina Paschoal, entusiasma do golpe de 2016 contra Dilma Rousseff (PT). A deputada estadual também se solidarizou com Jeanine, ou seja, tanto ela quanto Moro defenderam uma condenada.
Condenação de Jeanine Ánez
Jeanine Añez foi condenada pelo crime de golpe de Estado e sentenciada a 10 anos de prisão. A ex-presidente interina da Bolívia foi julgada por atuar contra Evo Morales em 2019. O julgamento começou na última segunda (6) e teve fim na sexta-feira (10). Durante o processo, houve algumas interrupções após a ré ter se declarado indisposta.
O início da audiência foi acompanhado por ela por meio de videoconferência na prisão de Miraflores, onde está detida desde março do ano passado. Na semana passada, os juízes foram ao local e ouviram suas alegações finais, ela insistiu em sua inocência e argumentou que “tinha o governo, mas nunca teve o poder”.
Durante o julgamento, a golpista alegou que a duração do processo prejudicava seu estado de saúde. Na terça (7), ela pediu ao Primeiro Tribunal de Sentença Anticorrupção de La Paz que considerasse suas condições. Um dia antes, a audiência foi interrompida por uma suposta indisposição da ré.
O Pacto de Unidade, coalizão governista, afirmou que as diversas interrupções do julgamento eram um “show político” de Añez, que buscava retardar o processo e sair impune.
A ex-presidente interina enfrenta vários julgamentos simultâneos, dois deles são chamados de caso Golpe de Estado I e caso Golpe de Estado II. Ela foi sentenciada no segundo, que avalia seus atos como senadora. O primeiro processo trata de seus atos como presidente e está parado no Parlamento.