O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mesmo após ele ser indiciado pela Polícia Federal (PF) sob suspeita de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso das joias sauditas.
Por meio das redes sociais, Moro comparou a situação de Bolsonaro com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que o chefe do Executivo não foi indiciado “por se apropriar de presentes” recebidos em seus mandatos anteriores.
“Mesmo durante a Lava Jato tudo foi tratado como uma infração administrativa dada a ambiguidade da lei. Os crimes foram outros. Há uma notável diferença de tratamento entre situações similares”, escreveu Moro no X, antigo Twitter.
Lula não foi indiciado por peculato por se apropriar de presentes que recebeu na Presidência. Mesmo durante a Lava Jato tudo foi tratado como uma infração administrativa dada a ambiguidade da lei. Os crimes foram outros. Há uma notável diferença de tratamento entre situações…
— Sergio Moro (@SF_Moro) July 4, 2024
Vale destacar que Bolsonaro foi indiciado pela PF pelos crimes de associação criminosa, com pena prevista de 1 a 3 anos de reclusão, lavagem de dinheiro, com pena de 3 a 10 anos, e peculato, com pena de 2 a 12 anos de reclusão.
Agora, o relatório da PF seguirá para análise pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que poderá solicitar novas diligências ou apresentar uma denúncia formal contra os suspeitos. Posteriormente, caberá ao sistema judiciário decidir se eles se tornarão réus.
Caso não haja justificativa para uma prisão preventiva, qualquer detenção ocorrerá somente após o julgamento e o esgotamento dos recursos legais.
Além do ex-capitão, outras dez pessoas foram indiciadas pela PF, incluindo aliados como o tenente-coronel Mauro Cid, Fabio Wajngarten, Frederick Wassef, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, e o ex-assessor Osmar Crivelatti.