Moro sempre foi parcial e nunca respeitou o direito de defesa na sua amplitude. Por Kakay

Atualizado em 14 de maio de 2020 às 23:10
Sérgio Moro. Foto: Wikimedia Commons

Por Kakay

Ler a defesa do ex-ministro Moro defender a paridade de armas, alegar surpresa por não ter acesso integral aos documentos a que se refere a AGU, clamar por ter o direito de defesa respeitado, é um presente para o Estado Democrático de Direito.

O ex-juiz sempre foi parcial e nunca respeitou o direito de defesa na sua amplitude.

Um juiz que nunca honrou o Poder Judiciário, desrespeitando com frequência a Constituição Federal.

Mas, como ensina o poeta maranhense, “a vida, dá, nega e tira”.

Neste momento difícil para o Sr. Sérgio Moro, onde o ex-juiz está sendo investigado e sofrendo a força do poder do Estado contra ele, mesmo mantendo o apoio de grande parte da mídia, se faz necessário que, todos os democratas, toda a advocacia, defenda o devido processo legal na sua plenitude.

O ex-juiz tem, felizmente, um grande advogado. E queremos que como investigado tenha garantido todos os direitos que nunca garantiu aos réus dos casos onde atuou como juiz.

Vamos todos exigir o cumprimento das garantias constitucionais. Inclusive o princípio da presunção de inocência, contra o qual ele tanto lutou. Se processado e condenado que só cumpra sua pena após o trânsito em julgado e que não sofra o supremo constrangimento de uma prisão preventiva desnecessário e arbitrária.

O ex-juiz vai entender, sofrendo na pele, a importância de ter uma defesa técnica e de ver cumprida a Constituição.