Morreu nesta terça-feira (29) o artista Elifas Andreato, um dos maiores designers gráficos do Brasil. Ele estava com 76 anos. A cartunista Laerte Coutinho lamentou o falecimento em publicação nas redes sociais. “Ah, tristeza maior! – o Elifas Andreato morreu. Beijo, Elifas! Ô coisa”, escreveu ela no Twitter.
O ator Elias Andreato, seu irmão, confirmou a informação. O artista estava internado desde a última semana, após ter sofrido um enfarte. Seu corpo será cremado nesta quinta, 29, às 16h, no Crematório Vila Alpina.
Elifas era ilustrador e foi responsável por inúmeras capas de discos que entraram para a história. Ele trabalhou com grandes nomes da música brasileira, como Chico Buarque, Elis Regina, Adoniran Barbosa, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Toquinho e Vinícius de Moraes. Fez mais de 300 capas de discos. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão Ópera do Malandro, de Chico Buarque, A Rosa do Povo, de Martinho da Vila, Arca de Noé, de Vinícius de Moraes, e Nervos de Aço, de Paulinho da Viola.
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Quem foi Elifas Andreato
Ele nasceu em Rolândia, em 22 de janeiro de 1946. Teve uma infância pobre e fazia pequenas esculturas com material que encontrava no lixo. Na adolescência, Elifas foi operário em uma fábrica de fósforo em São Paulo. Começou a fazer caricaturas e a pintar murais. Em 1970, chegou à Editora Abril, após alguns anos como estagiário em uma agência de publicidade. Na Abril, ganhou destaque por ter feito a coleção de fascículos História da Música Popular Brasileira.
Andreato também fez capas de livros, como A Legião Estrangeira, de Clarice Lispector. Além de ter atuado também em publicações como a revista Argumento.
10 capas icônicas de Elifas Andreato
‘Nervos de Aço’, de Paulinho da Viola (1973)
‘Adoniran e Convidados’, de Adoniran Barbosa (1980)
‘Nação’, de Clara Nunes (1982)
‘Wilson, Geraldo, Noel’, de João Nogueira (1981)
‘Clementina, Cadê Você?’, de Clementina de Jesus (1970)
‘Rosa do Povo’, de Martinho da Vila (1976)
‘Elis Vive’, de Elis Regina (1998)
‘A Arca de Noé’, de Vinícius de Moraes (1981)
‘O Sorriso Ao Pé da Escada’, de Jessé (1983)
‘Caipira’, de Rolando Boldrin (1981)