De acordo com dados divulgados, neste domingo (22), pelo Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade materna cresceu 77% em 2021 quando comparada com a mesma data do período pré-pandemia do Covid-19, em 2019, regredindo e deixando o país com índice similar ao dos anos de 1990.
Desde 1996, data em que os números começaram a serem disponibilizados por meio do Painel de Monitoramento de Mortalidade Materna, do Ministério da Saúde, o ano de 2021 foi o que registrou maior índice de mulheres grávidas ou puérperas que morreram. Ao todo, 2.796 foram à óbito.
“Esse número não nos surpreende. Quem estuda viroses que ocorrem durante a gravidez sabe dos riscos das viroses respiratórias [em gestantes]”, esclareceu a pesquisadora e ginecologista especialista em medicina fetal, Adriana Melo.
A taxa de mortalidade materna é calculada a partir do número de óbitos de grávidas e puérperas pela quantidade nascidos vivos. Posto isso, a Fiocruz esclarece que óbitos maternos são definidos pela morte da mulher durante a gestação ou puerpério devido à causas relacionadas ou agravadas pela gravidez, que não sejam acidentais.