O vice-presidente Hamilton Mourão falou sobre o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do repórter inglês Dom Phillips. O general da reserva afirmou que a morte do jornalista foi “efeito colateral” e que Dom “entrou de gaiato nessa história”.
De acordo com ele, se houve um mandante do crime, deve ser um “comerciante da área que estava se sentindo prejudicado” pelas ações de Bruno.
“Não sei se há um mandante. Se há um mandante é comerciante da área que estava se sentindo prejudicado pela ação principalmente do Bruno e não do Dom, o Dom entrou de gaiato nessa história. Foi efeito colateral”, declarou.
Ainda segundo Mourão, os dois suspeitos pelo crime provavelmente são ribeirinhos e vivem no limite “de ter acesso à melhores condições de vida”. Ele disse também que a comunidade local, incluindo os suspeitos, tem “uma vida dura”.
“Essas pessoas aí que assassinaram, provavelmente, os dois são ribeirinhos, gente que vive também ali no limite de, vamos dizer, ter acesso à melhores condições de vida. Vivem da pesca. […] Essa é a vida do cara. Mora numa comunidade que não tem luz elétrica 24h por dia, é gerador. Quando tem combustível, o gerador funciona, quando não tem, não funciona. Então é uma vida dura”, disse.