Enquanto não sai do armário como substituto de Jair Bolsonaro num impeachment inevitável em breve, o vice Hamilton Mourão tenta defender o chefe.
No Twitter, falou besteira no caso do vexame do evento pró-Bolsonaro cancelado nos EUA.
Segundo Mourão, “o prefeito Bill de Blasio surpreende quem tem Nova York como a cidade que universalmente acolhe pessoas de todas as origens, culturas, crenças e opiniões”.
“Ufano, ataca Jair Bolsonaro sem conhecê-lo e ofende todo o Brasil, que é representado, democraticamente, por seu Presidente.”
(Diga-se a favor de Mourão que, pelo menos, ele não tem um Carlos Bolsonaro espancando o idioma em suas redes).
Democracia é isso, general.
De Blasio pode e deve expressar suas opiniões.
Pode e deve proteger a cidade que o elegeu de líderes antidemocráticos, homofóbicos, racistas.
Quem arregou foi seu chefe, Jair.
De Blasio falou o que pensava em nome dos novaiorquinos.
Foi eleito, entre outras coisas, para isso e por isso.
O filósofo Karl Popper formulou o famoso paradoxo da tolerância, general: “Nós devemos declarar, em nome da tolerância, o direito de não tolerar o intolerante.”
“A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância”.
Segundo Popper, “a sociedade tem um direito razoável de auto-preservação”.
Is it ok?
O prefeito @BilldeBlasio surpreende quem tem Nova York como a cidade que universalmente acolhe pessoas de todas as origens, culturas, crenças e opiniões. Ufano, ataca @jairbolsonaro sem conhecê-lo e ofende todo o Brasil, que é representado, democraticamente, por seu Presidente.
— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) May 5, 2019