Mourão defende atos golpistas, diz para manifestantes ficarem “firmes” e critica Lula

Atualizado em 14 de dezembro de 2022 às 12:33
Vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos). Foto: Reprodução

Em artigo publicado no jornal O Estado de S.Paulo nesta quarta-feira (14), o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) demonstrou apoio aos manifestantes golpistas e pediu para os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) “se apropriarem desta força, coragem e resiliência” e manterem acesa “a chama da direita”. O senador eleito ainda criticou a política econômica da equipe de transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Mourão disse que manifestações pacíficas não são antidemocráticas, mas não repreendeu os atos golpistas na sede da Polícia Federal na última segunda-feira (12), que terminou com veículos incendiados.

“A minha mensagem aos manifestantes é para se apropriarem desta força, coragem e resiliência que provaram ter para permanecerem altivos, de cabeça erguida, firmes em suas convicções, unidos e diuturnamente vigilantes da nova condução que o País terá, das promessas e dos atos que virão”, iniciou o senador.

“Usem os seus representantes eleitos no Congresso Nacional, como eu, que estarei no Senado Federal, para não apagar a chama da direita, que no passado recente não conseguia fazer uma oposição popular forte e consistente”, escreveu.

Segundo Mourão, a balança da Justiça está desequilibrada quando o tema é política e eleições: “Direitos e garantias fundamentais, como o de livre manifestação do pensamento, a liberdade de informação jornalística e a vedação a toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística, parecem ter sido esquecidos ou apagados da Carta Magna”, afirmou o vice-presidente.

Para o general, “ideias contrárias passaram a ser tachadas como desinformação, antidemocráticas e golpistas”.

O aliado de Bolsonaro ainda diz que o PT comandou o país por 14 anos “e não deu certo, tendo afogado a Nação num mar de gastança e de corrupção”.

“Novamente, teremos mais inflação, juros elevados, menos crescimento e desvalorização da moeda. A saúde de uma economia apoia-se em duas colunas mestras: o equilíbrio fiscal e o aumento da produtividade. Essa é a única forma para que se ingresse num ciclo virtuoso de desenvolvimento sustentável capaz de gerar emprego e renda para a população”, diz o vice-presidente sobre o governo petista.

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