Nesta quarta-feira (7), a partir das 7h, o Movimento da População de Rua, a Campanha ‘A gente é para Brilhar e não para morrer de fome’, os Comitês Populares e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizarão a doação de café da manhã para 3 mil pessoas na Praça da Sé, em São Paulo, durante a abertura do 28º Grito das Excluídas e dos Excluídos.
A atividade também integra as ações da Mobilização Nacional Contra a Fome e a Sede, que conta com alimentos produzidos pelas cooperativas do MST, além das doações das Cozinhas Solidárias que fazem parte das organizações que constroem a Campanha ‘Gente é para Brilhar e não para morrer de fome’.
“A ação deste ano ocorre em um momento em que os dados relacionados à insegurança alimentar no Brasil são alarmantes, considerando que além de termos voltado ao mapa mundial da fome, já contabilizamos mais de 33 milhões de pessoas famintas no país”, afirma Carla Bueno, engenheira agrônoma do setor de produção do MST e integrante da Campanha ‘Gente para brilhar e não para morrer de fome’.
Carla também expressa que o objetivo da ação é envolver a população em situação de rua no ato do 28º Grito, “promover uma manhã de dignidade coletiva para estes que estão excluídos, abandonados pelo sistema político e à margem dos direitos civis, quando na verdade deveriam ter acesso à saúde, emprego, moradia, cultura e educação”.
“BRASIL: 200 anos de (In)dependência. Para quem?”
Após a comunhão do café, a partir das 9h, haverá a abertura do ato político do 28º Grito das Excluídas e dos Excluídos, que acontece no mesmo local, envolvendo entidades sociais, religiosas e sindicais.
Durante o ato estarão presentes Paulo Pedrini da Pastoral Operária, Mãe Kelly da Frente Inter Religiosa, Benedito Barbosa da Central de Movimentos Populares (CMP), Kelli Mafort da coordenação nacional do MST, entre outras lideranças das entidades presentes. Ao longo do Grito, também haverá apresentações musicais com Revolução Periférica – Vidal e Cícero de Crato.
Em sua 28º edição, o Grito traz como lema “BRASIL: 200 anos de (In)dependência. Para quem?”, organizado em todo o Brasil por diversas entidades e movimentos populares a partir da iniciativa das pastorais sociais, questionando as comemorações oficiais do Bicentenário da Independência, e pontuando que elas reforçam a exclusão popular e o silenciamento da história daqueles e daquelas que tiveram a vida dedicada à luta por melhores condições de vida para o Brasil.