Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) abriu sindicância para apurar a responsabilidade do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) em vazamento de dados sigilosos da investigação sobre a suspeita de prática de “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, hoje senador pelo Republicanos-RJ, diz o jornal O Globo.
Essa decisão foi tomada pelo corregedor do CNMP, Marcelo Weitzel, que acolheu a representação do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro.
Weitzel, no despacho, determina que a sindicância apure as circunstâncias em que determinadas informações chegaram ao conhecimento de veículos de imprensa, a exemplo do documento intitulado “Informação Complementar”, elaborado pela Divisão de Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro e à Corrupção (DLAB), da Procuradoria de Justiça, e parecer produzido pela Assessoria Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça, entre outros dados dos autos investigativos.
Essa decisão encarrega os membros auxiliares da Corregedoria Nacional, Rafael Schwez Kurkowski, André Bandeira de Melo Queiroz e Marcelo José de Guimarães Moraes, para integrar a comissão sindicante.
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O que pode acontecer?
A depender do resultado da sindicância, poderão ser abertos processos administrativos disciplinares (PADs) contra os responsáveis. Outro caminho é o arquivamento do caso.
As reportagens, ao divulgar detalhes do relatório do DLAB, descrevem movimentações financeiras consideradas atípicas do policial militar Diego Ambrósio, sua ex-mulher e de outras pessoas ligadas a Flávio.
PM foi alvo de busca e apreensão na operação do MP-RJ de dezembro de 2019 que mirou Flávio e seus ex-assessores, mas não foi acusado na denúncia oferecida contra o senador antigos funcionários de seu gabinete.
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