O Ministério Público do Paraná denunciou o policial penal federal Jorge Guaranho pelo assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda. Os promotores apontaram a ação como “motivo fútil”, “havendo a querela sido desencadeada por preferência político partidária”.
O promotor Tiago Lisboa Mendonça afirmou que a denúncia foi oferecida com cinco laudos da perícia faltando, incluindo o do celular do atirador. Segundo ele, os laudos serão importantes, mas “não são imprescindíveis ao oferecimento da denúncia”, que tem a possibilidade de ser editada em caso de novos fatos.
Marcelo Arruda foi assassinado a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos com tema do PT, na noite de 9 de julho, pelo bolsonarista Jorge Guaranho.
Segundo as investigações, testemunhas confirmaram em depoimento que Guaranho disse a frase “Aqui é Bolsonaro, porra!”. Ele teria proferido as palavras antes de atirar em Arruda.
No último dia 15 de julho, a Polícia Civil do Paraná concluiu que o assassinato do petista não poderia ser considerado como crime de motivação política. A decisão foi alvo de críticas e o MP do estado pediu mais diligências antes de se pronunciar, nesta quarta-feira (20).