O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) indicou que investiga se o bicheiro Rogério de Andrade foi o mandante do assassinato de Marielle Franco. A justiça autorizou a inclusão de seu nome na lista de difusão vermelha da Interpol, uma vez que é considerado foragido.
Segundo o promotor Diogo Erthal, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), o nome do bicheiro é um dos investigados pela operação: “Há várias linhas sendo investigadas. Essa é uma delas. Não podemos dizer que sim, nem que não. Se houvesse elementos, hoje, ele estaria denunciado”.
Rogério de Andrade esteve na mira da “Operação Calígula” junto de Ronnie Lessa e mais 22 alvos de mandados de prisão expedidos pela justiça. A operação investiga uma rede de jogos de azar explorada pelo bicheiro e pelo réu pela morte da vereadora.
Promotores do Gaeco apontam que, no mês seguinte ao assassinato de Marielle, Rogério e Lessa começaram a planejar a abertura de um bingo clandestino na Barra da Tijuca. O MP ressalta que a parceria entre eles é antiga, mas há indícios de que os dois estavam mais próximos na época do assassinato.
“Essa investigação [Calígula], deflagrada hoje, evidencia que, no momento contemporâneo à morte da Marielle, os dois eram muito próximos”, conta o promotor Marcelo Winter.