O MPM (Ministério Público Militar) soma cerca de oito investigações preliminares sobre oficiais com participação nos atos terroristas promovidos por simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília.
De acordo com informações da Folha de S.Paulo, os procedimentos são chamados de “notícia de fato” e têm diversas apurações. Três investigações têm escopo mais amplo. Vale destacar que nenhuma denúncia foi apresentada até o momento.
Segundo o MPM, essas investigações apuram possíveis ações de oficiais-generais com relação aos atos terroristas, a possível omissão das Forças Armadas quanto às invasões e o “suposto auxílio de militares do Exército na fuga de manifestantes após participação em atos antidemocráticos”.
Está sendo apurado o confronto entre o ex-comandante do Batalhão de Guarda Presidencial Jorge Paulo Fernandes da Hora e policiais militares durante a invasão. O suposto acolhimento de golpistas no Comando Militar da Amazônia, em Manaus, também está sendo investigado, assim como a participação isolada de militares do Exército, Marinha e Aeronáutica durante os atos antidemocráticos.
No entanto, o Comando do Exército abriu três inquéritos policiais militares para apurar crimes relacionados à invasão dos vândalos. Um deles investiga as razões de o Batalhão de Guarda Presidencial não ter conseguido impedir a entrada dos terroristas no Planalto.
O outro apura a conduta do coronel da reserva José Placídio Matias do Santos. Ele demonstrou apoio aos atos promovidos pelos bolsonaristas e pediu intervenção militar nas redes sociais. O indiciamento do coronel da reserva Adriano Camargo Testoni foi o único encerrado. Ele proferiu ataques ao Alto Comando da Força, porém, o MPM não apresentou denúncia sobre o caso.