MP pede à polícia que apure se Pablo Marçal descumpriu ordem judicial

Atualizado em 27 de junho de 2024 às 20:45
Pablo Marçal, coach e pré-candidato a prefeito de São Paulo com expressão de preocupação, em close
Pablo Marçal (PROS), coach e pré-candidato a prefeito de São Paulo – Reprodução/Facebook

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) acionou a Polícia Civil para investigar se Pablo Marçal (PROS), coach e pré-candidato a prefeito de São Paulo, violou uma medida judicial ao supostamente colocar em risco a integridade física de participantes de um reality show.

Em uma manifestação, a promotora Renata Galhardo Cheuen relembrou uma decisão judicial de janeiro de 2022 que o proibia de realizar atividades externas na natureza sem autorização prévia das autoridades. Esta medida foi tomada após um incidente em que ele colocou em risco a vida de 30 pessoas durante uma tentativa de escalar o Pico dos Marins em condições climáticas adversas.

Segundo o UOL, a promotora informou que Marçal promoveu um reality show em maio de 2024, no qual um participante, Gabriel Godoy, relatou situações de maus-tratos e desrespeito. A suposta vítima forneceu fotos e vídeos que revelam abusos durante as gravações de “La Casa Digital 3”.

O MP-SP solicitou à delegacia de Serra Negra o boletim de ocorrência relacionado ao caso de Godoy, incluindo todas as edições e complementos do documento. A promotoria destacou que o coach pode se manifestar sobre o possível descumprimento das medidas cautelares e apresentar justificativas sobre o caso.

Banner de divulgação de reality de Pablo Marçal
Divulgação de reality de Pablo Marçal

As alegações de agressões e maus-tratos também são parte de um processo judicial contra Pablo Marçal. Documentos revelam que o político organizou treinos extenuantes sem exames médicos prévios e atividades que poderiam violar a ordem judicial.

O reality show “La Casa Digital 3” foi gravado em uma fazenda em Itu e contou com 13 participantes realizando provas de resistência. O evento ocorreu um ano após a morte de um colaborador de Marçal em uma maratona promovida por sua empresa, a Xgrow, e dois anos após o incidente no Pico dos Marins.

O advogado do coach, Tassio Renan Botelho, negou qualquer desobediência à determinação judicial, afirmando que seu cliente atuou apenas como apresentador, não como organizador do evento. A Fazenda Toscana Ltda., onde ocorreu o reality, pertence ao famoso.

A Prefeitura de Itu e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmaram que não receberam pedidos de autorização para a realização do reality show.

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