O Ministério Público Federal (MPF) solicitou que a ação sobre os hackers da “Vaza Jato” seja arquivada. A Polícia Federal concluiu que eles agiram sozinhos ao acessar os celulares de procuradores da Lava Jato. Cabe agora ao juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, decidir se acata a solicitação.
O inquérito foi aberto em 2019, no âmbito da Operação Spoofing, meses após a divulgação de uma série de reportagens do Intercept Brasil. Após dois anos e meio de investigação sigilosa, perícias, depoimentos e quebras de sigilo, a PF concluiu que os hackers não foram pagos para a invasão. Também descobriu que não houve coautores na ação.
No último dia 12, o procurador Wellington Divino Marques de Oliveira pediu o arquivamento do caso. O relatório da corporação diz que “não identificou um possível agente que tenha solicitado ou determinado aos investigados a invasão dos dispositivos eletrônicos de autoridades públicas oferecendo ou fornecendo uma contrapartida financeira para a prática dos delitos investigados, tendo como objetivo embaraçar investigações criminais envolvendo organizações criminosas”.