O MST informa que as cerca de 600 família que ocupavam uma área da Embrapa em Petrolina, Pernambuco, deixaram o local após negociação com o governo federal. As famílias migraram para um acampamento provisório em uma área vizinha.
Após a invasão da fazenda da Embrapa, o governo Lula teceu duras declarações contra o movimento. A justiça chegou a determinar 48 horas para a desocupação pacífica, mas a polícia não precisou intervir.
Após reunião dos líderes do MST com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, a retirada do grupo começou.
Florisvaldo Araújo Neves, um dos líderes da ocupação, afirmou que a saída dos sem-terra não foi motivada pela determinação judicial. “Se não houvesse a negociação [com o governo], a gente não ia sair assim fácil. É natural que toda empresa, sendo pública ou privada, entre com a reintegração de posse. Mas cabe à gente o processo de resistência”. afirma. Neves também ressalta o alerta em relação ao cadastramento das famílias, que foi o primeiro passo do acordo com o governo, onde se acende o sinal vermelho para o grupo, caso não seja iniciada.