Patrícia de Paiva Reis, presa pela suspeita de ter mandado internar a própria mãe, Maria Aparecida, à força em clínicas psiquiátricas, já se manifestou nas redes sociais em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e chegou a posar com arma e camiseta do ex-mandatário em frente a um espelho.
Ela e o seu companheiro, Raphael Machado Costa Neves, tiveram a prisão em flagrante convertida pela Justiça em preventiva (por tempo indeterminado) no sábado (25). Raphael teria ajudado Patrícia.
Patrícia tem outras ocorrências em sua ficha policial. Ela responde a cinco processos por calúnia, extorsão e furto em veículo, entre 2019 e 2020, além de já ter tentado internar a mãe em outra oportunidade, no dia 27 de janeiro, pelo SAMU. O plano não deu certo porque a equipe de saúde não constatou nada de errado com a idosa.
A bolsonarista também é investigada em dois processos, nas delegacias do Catete e do Leblon, no Rio de Janeiro, sob suspeita de falsas acusações contra ex-namorados enquadrados na Lei Maria da Penha. Um deles, inclusive, Patrícia expôs em suas redes sociais em uma campanha contra a violência doméstica.
A polícia acredita que as acusações sejam inverídicas e que Patrícia chegava a enviar cartas para si mesma como se fosse de ex-namorados descumprindo medidas protetivas.
A idosa estava desde o dia 6 de fevereiro internada na Região Serrana. Ela havia sido sequestrada quando saía de uma agência bancária. Dois homens a colocaram em uma ambulância.
Segundo a polícia, a vítima chegou a pensar que era uma “saidinha de banco” ou sequestro relâmpago, mas percebeu a trama quando o sequestrador falou que “era uma coisa de família”.
Maria Aparecida diz que a filha ficou com raiva porque ela denunciou que estava maltratando os netos. “Tem questão financeira envolvida também, porque ela tem medo de perder a pensão do filho dela e se essa denúncia vai pro processo ela perde, porque o pai está pedindo a guarda do filho”, disse.
“Olha, eu fico muito triste [disso tudo o que está acontecendo vir da própria filha]. Nunca pensei que isso fosse acontecer. Isso é tão verdadeiro, envolvido no dinheiro, porque no dia que ela me botou na clínica, ela contratou duas faxineiras, limpou meu apartamento e já alugou o apartamento”.