Do UOL
Depois de ter sido chamada de “vadia” por Luiza Brunet na semana passada no Instagram, a funcionária pública Ana Carolyne Steiner, de 28 anos, disse nesta quinta-feira (30) que tomará medidas legais. Ela afirma, ainda, ter sido vítima de racismo.
Ela afirma ter recebido comentários agressivos por publicar numa rede social de Brunet que “namoro não gera união estável” — referindo-se à decisão da Justiça, que negou o pedido da atriz de reconhecimento de sua relação com o empresário Lírio Parisotto.
“Eu acordei com uma mensagem dela no direct [campo de mensagens privadas] do Instagram dizendo: ‘Vai se informar, sua escrota'”, afirmou Ana Carolyne ao UOL.
Posteriormente, a funcionária pública conta que a atriz deixou vários comentários em suas fotos –e que segundo ela foram deletados pela atriz.
“Vadia, vai se informar. Você viveu comigo e com o espancador? Não lembro de você. Você era a faxineira metida, hein? Antes que me esqueça: cuida da tua vidinha”, publicou Brunet.
“Fiquei chocada porque nunca havia sofrido esse tipo de ofensa e preconceito, ainda mais de uma pessoa pública, ativista, e defensora das mulheres. Eu não a agredi, só falei a minha opinião”, disse Carolyne.
Ela afirma que não rebateu os comentários e definiu a atitude de Brunet como racista. A atriz publicou um vídeo com um pedido de desculpas, mas a funcionária pública disse que esperava uma manifestação semelhante direcionada a ela e não somente às faxineiras.
“Por eu ser negra, ela me colocou numa situação pejorativa. Foi racismo. Se eu fosse branca, com certeza ela não diria que tenho ‘cara de empregada'”, afirma. “Se eu não tivesse divulgado [as ofensas], ninguém ia saber que ela tinha ofendido as empregadas. O xingamento foi para mim”.
Bacharel em direito, a funcionária pública diz que pretende levar o caso à Justiça e que já está em contato com seu advogado.
“Ele entrará com um processo por racismo, injúria e difamação. Se tivesse feito uma crítica normal, tudo bem, mas ela ofendeu a minha honra. Que pense nas consequências antes de falar as coisas”, declarou.
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