Foi ontem. Filas longas no hall de entrada do prédio da ABI. Elevador cheio no sobe-desce e, na mesa do palco do auditório, o candidato a governador do Estado do Rio de Janeiro, Rodrigo Neves, ladeado pela ex-ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e o presidente da Associação dos Produtores Teatrais do Rio, Eduardo Barata. A cultura abraçando, com seu forte compromisso, o candidato Rodrigo Neves.
O partido de Rodrigo é o PDT, do Ciro Gomes, o evento era, porém, para expressar apoio à candidatura de Luís Inácio Lula da Silva, com o lançamento do manifesto “RodriLula”.
O ato poderia ser um ponto fora da curva, na campanha eleitoral no Rio de Janeiro, do PDT e da aliança PT-PSB, mas há muitos pontos convergentes nas trajetórias políticas de Lula e Rodrigo. Ambos se reelegeram para um segundo mandato – Lula na Presidência e Rodrigo na prefeitura de Niterói – praticamente por aclamação popular, tamanho o êxito de suas gestões. Ambos deixaram o poder com aprovação máxima e fizeram o sucessor. Ambos inovaram em projetos sociais, caminharam ao lado do povo e de suas necessidades. Ambos visam contemplar toda a população e não apenas um naco.
Ambos priorizaram a saúde, a cultura, o meio ambiente, a educação, construindo escolas e facilitando o acesso a elas. Na Niterói de Rodrigo, as crianças passaram a estudar em horário integral com três refeições por dia.
Ambos administram de modo humano e inovador. Ambos sabem conjugar o verbo conciliar sem afetar os interesses do povo. Lula multiplicou os empregos no Brasil, milhões deles, Rodrigo fez o mesmo em Niterói, respeitando as devidas proporções.
Ambos foram perseguidos e sofreram injustiças, sem provas. Vítimas de Law fare, a própria Justiça proclamou sua inocência, enquanto seus detratores cambaleiam por aí.
Bem, tudo isso está expresso no Manifesto, que levou à mobilização de ontem, na ABI, liderada por movimentos sociais e culturais do Estado do Rio de Janeiro, em apoio a Lula presidente e Rodrigo Neves Governador.
Uma fusão espontânea de “duas almas gêmeas da política brasileira”, um “ato de resistência para fazer prevalecer o desejo de muitos fluminenses”, diziam no auditório lotado com pessoas que acreditam que o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e o ex-prefeito Rodrigo Neves significarão a concretização do que esperam para o Brasil e o Rio, “sem se correr novos riscos”.
“Não temos tempo para experimentos, temos ânsia de experiência”, poderia ser o mantra desse movimento nascido ontem, na emblemática e histórica Associação Brasileira de Imprensa, sempre presente nos momentos de transformação e resistência da nossa história republicana.
Publicado originalmente no site Jornalistas pela Democracia