Nesta sexta-feira (23), o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que nações mais desenvolvidas planejam realizar um financiamento de US$ 100 bilhões, cerca de R$ 477 bilhões, para ações de combate a mudanças climáticas em países em desenvolvimento.
O anúncio de Macron foi realizado durante um painel final de uma cúpula em Paris para debater uma nova agenda financeira global com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e cerca de mais 40 líderes mundiais.
A promessa de US$ 100 bilhões fica muito aquém das necessidades reais das nações pobres, mas tornou-se um símbolo do fracasso dos países ricos em entregar os fundos climáticos prometidos em acordos realizados no passado. Isso alimentou a desconfiança em negociações climáticas mais amplas entre países que tentam aumentar as medidas de redução de CO2. A ação no entanto, caso ocorra de forma bem aplicada, poderá gerar melhorias significativas a países mais pobres.
Na última quinta-feira (22), O Banco Mundial disse que facilitaria o financiamento para países atingidos por desastres naturais e o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que atingiu sua meta de disponibilizar US$ 100 bilhões em direitos especiais de saque (SDRs) para nações vulneráveis.
Os EUA, por sua vez, afirmaram que ainda não houve a liberação de sua parte dos US$ 100 bilhões em SDRs a serem recanalizados. A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que era uma prioridade para o governo Biden obter a aprovação da liberação do valor no Congresso.
O objetivo da cúpula, através da ação, é aumentar o financiamento da crise para os países de baixa renda e aliviar suas dívidas, reformar os sistemas financeiros do pós-guerra e liberar fundos para combater a mudança climática, obtendo um consenso de alto nível sobre como promover uma série de iniciativas que lutam nos órgãos como o G20, COP, FMI-Banco Mundial e Nações Unidas.