“Não existe homicídio eleitoral”, diz Aras sobre assassinato de petista em Foz do Iguaçu

Atualizado em 12 de julho de 2022 às 19:18
Augusto Aras, procurador-geral da República
Foto: Reprodução

O procurador-geral da República, Augusto Aras, recebeu nesta-terça-feira (12), um pedido para que as investigações sobre a morte do guarda municipal e militante petista Marcelo Aloizio Arruda sejam deslocadas da Justiça Estadual para a esfera federal.

Filiado ao PT, Marcelo Arruda foi assassinado a tiros pelo policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho durante a comemoração do seu aniversário de 50 anos na noite de sábado (9). Aras afirma que deve esperar a conclusão das apurações da Polícia Civil do Paraná antes de tomar qualquer medida.

“Precisamos obter a conclusão do inquérito para analisar se há, ou não, possibilidade técnica de fazer requerimento de federalização”, disse o procurador-geral da República ao UOL. “É preciso compreender a motivação e as circunstancias para analisar se os fatos atraem a competência da Justiça Federal. Se o crime for eleitoral, não há homicídio eleitoral. Então, excluímos imediatamente a possibilidade de acionar a Justiça Eleitoral… Ou fato tem interesse da Justiça Estadual ou da Justiça Federal. Certamente não existe homicídio eleitoral. Não podemos antecipar situações que não podem, em tese, ser apreciadas agora. Qualquer apreciação minha seria temerária neste momento.”

A declaração foi dada após reunião em que dirigentes de PT, PSB, PC do B, PV, PSOL, Rede e Solidariedade pediram o encaminhamento da apuração para a Justiça federal.

A equipe jurídica do PT disse ao UOL, que avalia quais medidas podem ser tomadas. No momento, o crime é investigado pela Polícia Civil do Paraná e acompanhado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Estado.

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