“Não faz a paz, faz a guerra”: Em Angola, Lula critica Conselho de Segurança da ONU

"Eles não querem que a gente entre", diz o presidente sobre os interesses envolvendo Rússia e Estados Unidos na ONU

Atualizado em 26 de agosto de 2023 às 15:30
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou duramente o Conselho de Segurança da ONU, neste sábado (26), seu último dia em Angola. O petista defendeu uma ampla reforma nas Nações Unidas e disse que o organismo não faz a paz, e sim a guerra.

“A ONU de 2023 está longe de ter a mesma credibilidade de 1945 [quando foi fundada]. O Conselho de Segurança, que deveria ser da paz e tranquilidade, é o Conselho que faz a guerra”, disse o brasileiro.

“A Rússia vai para a Ucrânia sem discutir no Conselho de Segurança. Os Estados Unidos vão para o Iraque sem discutir no Conselho de Segurança. A França e a Inglaterra vão invadir a Líbia sem passar pelo Conselho de Segurança. Ou seja, quem faz a guerra são os países do Conselho de Segurança e quem vende as armas são os países do sistema de segurança”, declarou

Lula lembrou que Brasil, Índia, Alemanha e Japão querem vagas permanentes no Conselho de Segurança, assim como Rússia, Reino Unido, Estados Unidos, França e China. Ele destacou que o organismo precisa de maior representatividade na América Latina e na África. “É preciso que haja uma compreensão de que precisa ter mais países”.

Segundo o petista, a China e os EUA nunca apoiaram claramente a candidatura desses países Os chineses, por causa do Japão, e os EUA “nunca disseram sim, nem não”.

“Eles não querem que a gente entre. Vamos brigar com eles para entrar. Não temos que ter medo de fazer coisas utópicas. O mundo está precisando de um pouco de utopia, acreditar que o amor pode vender o ódio”, afirmou.

Veja o vídeo:

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