O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou duramente o Conselho de Segurança da ONU, neste sábado (26), seu último dia em Angola. O petista defendeu uma ampla reforma nas Nações Unidas e disse que o organismo não faz a paz, e sim a guerra.
“A ONU de 2023 está longe de ter a mesma credibilidade de 1945 [quando foi fundada]. O Conselho de Segurança, que deveria ser da paz e tranquilidade, é o Conselho que faz a guerra”, disse o brasileiro.
“A Rússia vai para a Ucrânia sem discutir no Conselho de Segurança. Os Estados Unidos vão para o Iraque sem discutir no Conselho de Segurança. A França e a Inglaterra vão invadir a Líbia sem passar pelo Conselho de Segurança. Ou seja, quem faz a guerra são os países do Conselho de Segurança e quem vende as armas são os países do sistema de segurança”, declarou
Lula lembrou que Brasil, Índia, Alemanha e Japão querem vagas permanentes no Conselho de Segurança, assim como Rússia, Reino Unido, Estados Unidos, França e China. Ele destacou que o organismo precisa de maior representatividade na América Latina e na África. “É preciso que haja uma compreensão de que precisa ter mais países”.
Segundo o petista, a China e os EUA nunca apoiaram claramente a candidatura desses países Os chineses, por causa do Japão, e os EUA “nunca disseram sim, nem não”.
“Eles não querem que a gente entre. Vamos brigar com eles para entrar. Não temos que ter medo de fazer coisas utópicas. O mundo está precisando de um pouco de utopia, acreditar que o amor pode vender o ódio”, afirmou.
Veja o vídeo:
?? Lula: Defendemos Brasil no Conselho de Segurança
Via @GloboNews pic.twitter.com/KNXQRMcMiS
— Central da Política (@centralpolitcs) August 26, 2023