O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do STF, Alexandre de Moraes, enfatizou nesta segunda (8) a necessidade de punição aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Ele ressaltou que não se deve confundir “paz e união com impunidade” e destacou que não haverá “apaziguamento”.
Durante a cerimônia “Democracia Inabalada”, que marca um ano dos ataques golpistas, Moraes afirmou que todos aqueles que contribuíram para a quebra da democracia e a instauração de um regime de exceção serão devidamente investigados, processados e responsabilizados de acordo com suas culpas.
“O fortalecimento da democracia não permite confundirmos paz e união com impunidade, apaziguamento ou esquecimento. Impunidade não representa paz nem união. O apaziguamento também nao representa paz, nem União.”, contou
“Um apaziguador, como lembrado pelo ministro Winston Churchill, é alguém que alimenta um crocodilo esperando ser o último a ser devorado. Esquecimento também da mesma maneira não significa nem paz nem união, porque ignorar atentado à democracia seria equivalente a encorajar grupos extremistas aos atos criminosos de golpistas”.
O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente do Congresso Rodrigo Pacheco, do presidente do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, ministros do governo, do STF, governadores e parlamentares.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não compareceu, alegando um problema de saúde na família.
Além disso, Moraes reiterou seu apoio à regulamentação das redes sociais, destacando a falta de controle sobre o ambiente virtual como um “dos grandes perigos modernos da democracia”.
Ele alertou para a instrumentalização das redes sociais pelo populismo digital extremista, amplificado pelas big techs e inteligência artificial, que potencializam a desinformação e o discurso antidemocrático. O ministro enfatizou que o avanço tecnológico permite a atuação livre desse novo populismo digital extremista e de seus aspirantes a ditadores.