Jair Bolsonaro afirmou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso seja tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A corte retoma a análise do caso do ex-presidente nesta sexta (30) com 3 votos por sua condenação e um, o de Raul Araújo, a seu favor.
“Vou conversar com meus advogados, e o recurso segue para o STF. Esse julgamento não tem pé, nem cabeça”, afirmou em entrevista à Rádio Itatiaia. Ele nega as acusações e diz que usou a reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em julho e 2022, serviu para mostrar “possíveis falhas” no sistema eleitoral.
Até o momento, três ministros e o relator, Benedito Gonçalves, votaram no caso. O relator, Benedito Gonçalves, votou pela condenação do ex-presidente e foi seguido por Floriano Marques e André Ramos Tavares, argumentando que houve abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação oficiais durante reunião com embaixadores.
Faltam os votos de Cármen Lúcia, Kassio Nunes e Alexandre de Moraes. A vice-presidente do TSE será a primeira a votar e deve formar maioria na corte pela condenação de Bolsonaro, já que basta um parecer desfavorável para que ele se torne inelegível por oito anos.
Antes mesmo da conclusão do julgamento, aliados e correligionários do ex-mandatário já acreditam que ele se tornará inelegível. Parlamentares bolsonaristas temem um “efeito dominó” após o julgamento do TSE e o PL, partido do ex-presidente, já começa a redefinir os planos para as próximas eleições e temem que ele “jogue a toalha”.