Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, afirmou que o sistema de combate às cheias de Porto Alegre falhou e acabou se tornando parte do problema. As declarações do ministro ocorreram durante entrevista ao Correio Braziliense no sábado (25) e surgem após as recentes chuvas que causaram enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul. Na ocasião, Pimenta também comentou sobre a implementação de um novo sistema de emergência.
Qual é a avaliação federal sobre as enchentes do RS?
A enchente não é linear, ela se deslocou. Ela começou pela região de Santa Maria, que chegou a ser o epicentro da tragédia, depois ela se deslocou para o Vale do Taquari, até que ela chegou na Região Metropolitana e agora segue em direção a zona Sul do estado. Assim estamos vivendo diferentes etapas, na região central já estamos na fase de reconstrução. Mas aqui em Porto Alegre aconteceu um fenômeno diferente de qualquer outra enchente, com a água ultrapassando os diques de proteção. Como esses diques não conseguiram evitar que as águas entrassem, agora temos a situação inversa, a água não vai sair se não for expulsa. Se esperarmos evaporar, isso pode levar meses. São situações diferentes em diferentes regiões, todas elas precisam da presença do estado além de voluntários. Tem ainda muito trabalho pela frente.
A sua escolha para o ministério foi bastante criticada, por quê?
A minha relação com o governador é excelente, a minha relação com os secretários de estado é excelente, com os prefeitos das principais cidades do estado, com os deputados estaduais, é excelente, não tenho problema para trabalhar com ninguém. Talvez as pessoas que não conhecem o Rio Grande do Sul não entendam a forma como a gente trabalha. Acreditam que, por sermos de partidos diferentes não temos a capacidade de trabalhar de forma fraterna, solidária e leal, como fazemos. Eu refuto completamente essas matérias da imprensa do centro do país. São matérias de quem não conhece o RS. Não tivemos nenhum problema desde o início dessa crise. Eu falo com o governador todos os dias, e algumas vezes, mais do que uma vez por dia. Trabalhamos em regime de parceria, por exemplo na questão das bombas, as cidades precisavam das bombas, o governador ligou para outros estados, e nós entramos com a logística com as Forças Armadas.
Mas o senhor é um possível candidato ao governo do estado em 2026?
Não tem nenhuma disposição ou interesse em discutir isso agora. Acho completamente mesquinho as pessoas acharem que o que se está fazendo agora, tenha por objetivo alguma candidatura em 2026. É mais uma visão obtusa de quem não entende como é que funcionam as coisas no Rio Grande. Que fazer política para 2026 numa tragédia como essa é alguém que não entende como é que funciona a nossa cultura, o nosso jeito de fazer política e a relação de respeito que nós temos com a população, especialmente no momento de crise como esse.
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