O general reformado Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), acredita que o inquérito da Polícia Federal que investiga o ataque de 8 de janeiro de 2023 não vai punir os envolvidos. Ele tem se mantido recluso em seu apartamento em Brasília e evitado falar publicamente.
Segundo a coluna de Monica Gugliano no Estadão, o general tem dito a pessoas próximas que “o inquérito não vai dar em nada”. Ele também afirma que deve escapar das apurações sobre a trama golpista se ficar quieto.
A apuração está na fase final e oficiais das Forças Armadas estão apreensivos com o avanço do inquérito. Heleno é investigado por suposta participação no plano golpista e foi intimado, no início de 2024, para depor sobre a estrutura de espionagem ilegal montada pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
O general tem vivido praticamente confinado em seu apartamento e só deixa o imóvel para visitar a filha, no Lago Sul, conversar com advogados e ir ao supermercado. Ele tem evitado aparições públicas desde o fim de seu mandato no GSI.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que os inquéritos sobre o 8 de janeiro e o plano golpista devem ser concluídos ainda em novembro. O temor no entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro é que ele, Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira sejam indiciados.
A PF encontrou um trecho de uma reunião golpista em que Heleno diz o seguinte: “Não vai ter revisão do VAR. Então, o que tiver que ser feito tem que ser feito antes das eleições. Se tiver que dar soco na mesa é antes das eleições. Se tiver que virar a mesa é antes das eleições. Nós vamos ter que agir. Agir contra determinadas instituições e contra determinadas pessoas”.
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