Yaroslav Hunka, veterano nazista aplaudido de pé no parlamento do Canadá na semana passada, deu entrevista a uma rádio de Ottawa.
“Se eu soubesse o que eu encararia eu nunca teria ido. Enfrentei tanto ódio que é difícil imaginar”, disse. “Tudo o que eu queria era deixar este mundo tranquilamente com minha família, e agora serei forçado a ir para a casa de meus amigos na América do Sul.”
Anthony Rota, presidente da Casa, pediu demissão do cargo na terça-feira (26) por ter homenageado Hunka.
Na sexta-feira (22), Justin Trudeau, o primeiro-ministro do país, e Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, participaram do tributo ao homem de 98 anos. Hunka estava nas galerias e saudou os políticos.
Rota afirmou que Hunka, que lutou na Segunda Guerra, era “um herói ucraniano e um herói canadense, e nós agradecemos pelo serviço”.
Hunka estava em uma unidade de nazistas contra o Exército Vermelho da União Soviética. Pertenceu à 14ª Divisão de Granadeiros da Waffen-SS, segundo o Friends of Simon Wiesenthal Center (FSWC).
A Waffen-SS foi instrumental nas mortes em massa do Holocausto e no fornecimento de guardas para campos de concentração. Suas divisões participaram de campanhas na Áustria, Tchecoslováquia, Polônia, Ucrânia, e em países nórdicos, balcânicos e bálticos.
Quem serão os amigos de Hunka na América do Sul?
In an interview the Canadian SS Nazi veteran said:
“I faced such hatred that it is difficult for you to even imagine. All I wanted was to leave this world quietly with my family, and now I will be forced to go to my friends in South America.” pic.twitter.com/YNzXzp332n
— LucyGatsby ?? (@LucyGatsby) September 28, 2023