O procurador regional Maurício Gerum, que fará sustentação oral no julgamento de Lula no TRF 4 no dia 24, afirma que a condenação tem “perfeita correlação com a denúncia”.
A defesa afirma não haver provas e alega aumento de pena irregular porque Lula não tinha poder de escolha dos diretores da Petrobras relacionados aos acertos de propinas.
Gerum é o responsável por fazer o parecer do MPF na apelação do caso do triplex. Ele entende que as investigações trouxeram ao processo suficiente “lastro probatório”
Segundo o Estadão, fará uma sustentação oral em Porto Alegre.
A sentença de Moro contém um detalhe que só Freud explica: o magistrado acredita que Lula seria eleito em 2018 e que então cometeria crimes e ajudaria a OAS.
Leia:
“Basta para a configuração que os pagamentos sejam realizados em razão do cargo ainda que em troca de atos de ofício indeterminados, a serem praticados assim que as oportunidades apareçam.”
Ou seja, agora temos um Judiciário versado nas artes da adivinhação.
Num parecer de outubro, o mesmo Gerum deixa escapar aquela verdadezinha que todo mundo já sabe: querem o Lula preso porque ele é o líder da esquerda no Brasil.
Segue:
“Lula era tido como o “chefe” no grupo que praticou os crimes em questão. Não fosse o codinome, de se ter em mente que todos os crimes analisados neste processo especificamente foram praticados em benefício de Luiz Inácio, e de ninguém mais. E foram praticados em razão de sua ascendência sobre o grupo, não só pelo fato de ter sido Presidente da República, mas também, e especialmente, por sua incrível capacidade de liderança.”